quinta-feira, 8 de abril de 2010














Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.


Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste,
que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada Porque metade de mim é amor
E a outra metade também. (Oswaldo Montenegro-Metade)


Todo mundo fala que para vencer no mundo competitivo de hoje, eu devo me “diferenciar” da maioria. Outro dia me perguntaram o que seria essa “diferenciação”? E eu respondi: Para ser diferente, basta ser “sério ou séria” no mundo de hoje.
Na verdade, estamos sentindo falta de pessoas realmente sérias, honestas, que cumpram a palavra, que cumpram os prazos, que não mintam, que sejam leais, que sejam competentes no que fazem, que não enganem. Portanto, dizia eu a essa pessoa, acredito que ser sério(a) é a grande ousadia dos dias de hoje.
É preciso “ousar ser sério(a)” apesar dos constantes exemplos de falsidade, desonestidade, deslealdade, incompetência e mentira que o mundo nos dá. É preciso acreditar, sem hesitação de que sendo sérios venceremos sempre, no longo prazo, e seremos vistos como “diferentes” da massa, da maioria, que ainda pensa em ganhar levando vantagem sobre os outros.
Ser sério(a) não significa ter mau humor, não sorrir, não demonstrar sentimentos de alegria e prazer, não brincar. Ser sério é não enganar. E ninguém deixa de admirar uma pessoa que não engana, honesta, leal, verdadeira, competente.
Assim, basta ser sério ou séria. Só assim você será totalmente “diferente” da maioria e terá o respeito dos outros.
Pense nisso:
• Faço tudo com sentimento de seriedade e competência, prestando atenção aos detalhes?
• Falo a verdade?
• Sou leal?
• Sou honesto(a)?
• Entendo do que faço ou engano o tempo todo?
• Cumpro a palavra?
• Enfim, sou visto(a) como alguém sério(a)?
Boa Semana.